Os
pecados capitais
1 – ORGULHO: São Gregório diz que todos derivam do
orgulho. “São João distingue três espécies de cupidez ou concupiscência: a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (253).
Segundo a tradição catequética católica, o nono mandamento proíbe a
concupiscência carnal; e o décimo, a cobiça dos bens alheios”.[1]
2 – AVAREZA: Desejo excessivo por riqueza ou posse. O
apetite sensível leva-nos a desejar as coisas agradáveis que não possuímos.
Exemplo disso é desejar comer quando se tem fome ou aquecer-se quando se tem
frio. Estes desejos são bons em si mesmos; muitas vezes, porém, não respeitam
os limites da razão e levam-nos a cobiçar injustamente o que não é nosso e que
pertence, ou é devido, a outrem.[2]
3 – IRA: um grande obstáculo ao progresso espiritual.[3] Evocando
o preceito “Não matarás” (Mt 5, 21), nosso Senhor pede a paz do coração e
denuncia a imoralidade da cólera assassina e do ódio: A ira é um desejo de
vingança. “Desejar a vingança, para mal daquele que deve ser castigado, é
ilícito”; mas impor uma reparação “para correção do vício e para conservar o
bem da justiça”, isso é louvável (66). Se a ira for até ao desejo deliberado de
matar o próximo ou de feri-lo gravemente, ofende de modo grave a caridade, e é
pecado mortal. O Senhor diz: “Quem se irar contra o seu irmão, será sujeito a
julgamento” (Mt 5, 22).[4]
4 – LUXÚRIA: A luxúria é um desejo desordenado ou um
gozo desregrado de prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado
quando procurado por si mesmo, isolado das finalidades da procriação e da
união.[5]
5 – GULA: comer demais, mesmo sem ter fome. Quando já
nos saciamos, mas continuamos “mandando comida pra dentro”, apenas por prazer
ou vício no ato de comer. Muita gente gosta de sentir a barriga estufar, quase
até passar mal. Além de prejudicial à saúde, este hábito é um pecado diante de
Deus. Veja Filipenses 3,19; Isaías 5,11.[6]
6 – PREGUIÇA: Outra tentação, à qual a presunção abre
a porta, é a acédia. Os Padres espirituais entendem por ela uma forma de
depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à
negligência do coração.[7]
(...) Duas tentações frequentes ameaçam a oração: a falta de fé e a acédia, que
é uma espécie de depressão devida ao relaxamento da ascese e que leva ao
desânimo.[8]
7 – INVEJA: A inveja é um vício capital. Designa a
tristeza que se sente perante o bem alheio e o desejo imoderado de se apropriar
dele, mesmo indevidamente. Se desejar ao próximo um mal grave, é pecado mortal:
Santo Agostinho via na inveja “o pecado diabólico por excelência”. “Da inveja
nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pelo mal do próximo
e o desgosto causado pela sua prosperidade”.[9]
(...) A inveja representa uma das formas da tristeza e, portanto, uma recusa da
caridade; o batizado lutará contra ela, opondo-lhe a benevolência. Muitas
vezes, a inveja nasce do orgulho.[10]
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