Carta a um (a)
jovem vocacionado(a)
Por:
Marcilio Reis dos Santos, 4º Ano de Teologia.
Jesus Cristo
continua passando pelos nossos caminhos e com o seu olhar nos interpela
amorosamente a segui-lo. Feliz será quem for seduzido pelo olhar cheio de
ternura de Deus e, de forma generosa, aceitar com prontidão abraçar a vida
consagrada e missionária. Este primeiro encanto nunca irá desaparecer quando
for acompanhado com uma atitude de fé e de zelo pelas coisas de Deus.
Para
que a chama deste primeiro encanto nunca apague, é necessário viver em sintonia
com Deus, ser dócil ao Espírito Santo, ter um encontro diário com a Sagrada
Escritura, cultivar uma vivência frequente dos sacramentos da reconciliação e
da Eucaristia; ademais há outros elementos a serem prezados: o gosto pela
oração e as práticas de piedade, o cultivo das virtudes humanas e cristãs, o
espírito de pertença a Igreja, a disponibilidade ao acompanhamento vocacional e
uma grande abertura aos outros.
É
vivendo continuamente esta experiência pessoal com Jesus Cristo e participando
ativamente da vida eclesial, que a sua resposta vocacional vai ganhando corpo e
você se tornará um discípulo missionário, cheio de vitalidade e apaixonado pelo
Reino de Deus. Na verdade, tudo vale a pena quando abraçamos aquilo que amamos
e amamos aquilo que abraçamos. Um vocacionado, seminarista, religioso (a),
sacerdote apaixonado pela vida fraterna e pela missão da Igreja é uma benção e
um instrumento da graça de Deus.
Quanto
a diversidade vocacional na vida da Igreja poderíamos ressaltar uma bela
comparação do Bem-Aventurado João Batista Scalabrini, que assim certa vez se
expressou: “olhai este órgão: é uma imagem da vida cristã, como Deus a
constituiu. No órgão existem mil sons diferentes. Cada tubo tem a sua forma,
cada lingueta tem o seu timbre, cada abertura a sua grandeza, cada jogo a sua
variação e quando se move tudo com um principio inteligente, resultam
maravilhosos acordes. Assim, cada um de nós temos a nossa vocação, o nosso
caráter, os nossos deveres; cumpramo-los, segundo o querer de Deus e todas as
nossas obras formarão uma celeste harmonia, que nos tornará alegres de graças
supremas”
Com
essas palavras, Scalabrini nos ajuda a perceber que Deus nos chama a uma missão
muito especial para a edificação do Reino de Deus, que também é nosso, diz uma
de nossas orações eucarísticas. Ele nos capacita, nos unge e nos envia em
comunhão com toda a Igreja para anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Diante
dessa diversificada e bela harmonia, tenha a certeza, de que Deus precisa e
conta com a sua generosidade e o seu amor para continuar a missão confiada aos
apóstolos, os leigos e a tantos consagrados e sacerdotes na história da
salvação.
A
você estimado jovem que esta acolhendo e discernindo com muito carinho o
chamado de Deus, confie na providência divina e busque, de forma consciente e
motivada, ser um discípulo missionário de Cristo Jesus o nosso redentor. Vale a
pena, mesmo!
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