quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eu vou porque Deus me chamou


“Eu vou porque Deus me chamou”

Por: Marcilio Reis dos Santos, 4º Ano de Teologia.

Edições CNBB

            Na vida existem muitas possibilidades, muitos caminhos, muitas escolhas. Todos os dias nossa liberdade é provocada a fazer uma escolha. Escolher é necessário e, quando a escolha é bem feita, faz-se a experiência de uma grande liberdade.
Todos buscamos nossa realização plena como pessoas e como cristãos. São muitas as maneiras de alguém se realizar. São muitos os caminhos: é preciso escolher o caminho certo. O desafio é enfrentar as encruzilhadas da vida: parar, pensar, refletir, rezar e escolher o caminho que mais nos permite viver nossas aspirações e responder ao chamado interior que Deus nos faz. O ideal é não descartar nenhuma proposta vocacional, mas acolher todas as vocações como possibilidades de realização, como caminhos possíveis para mim. Todas as vocações são boas. É preciso então descobrir o caminho por onde Deus nos chama. Quer guiar-nos e acompanhar-nos. Ele nos dará forças e graças para seguirmos nosso caminho e vivermos bem nossa vocação: “Eis que Eu estarei convosco todos os dias” (Mt 28, 20).


A vida já é uma vocação. Viver segundo o plano de Deus é responder a esse chamado da vida. Podemos chamá-la de vocação humana: passar a existir e viver como gente; ser “imagem e semelhança” de Deus: ser capaz de amar e de doar-se; viver com sabedoria e liberdade...
Ser um seguidor de Jesus Cristo, eis o compromisso da vocação batismal. Pelo batismo somos chamados por Deus a sermos discípulos de Cristo, morada do Espírito Santo, membros da Igreja (a família de Deus) e vivermos uma vida de santidade. Todo cristão leigo é alguém comprometido com a sua comunidade: participa, colabora, coloca-se a serviço... Como solteiro ou no matrimônio, o cristão leigo vive a sua vocação de batizado.
Deus chama alguns homens e algumas mulheres a viverem um estilo de vida diferente e especial: é a vocação à vida consagrada. Ser religioso ou religiosa é ser uma pessoa consagrada a Deus e a serviço de seu povo; é amar a vida e participar de modo integral da realidade do chamado a uma consagração mais radical no seguimento, num modo mais humano e mais belo de viver a vida.
A vocação ao ministério ordenado (diácono, padre, bispo) é um caminho belo, nobre, e desafiante em nossos dias. O padre é o homem da comunhão: com Deus e com o seu povo. Comunga a alegrias, sofrimentos e esperanças da humanidade. É ele quem alimenta os cristãos com a Palavra de Deus e os sacramentos.
Não podemos esquecer-nos da vocação missionária. Todo cristão é missionário. Toda Igreja é missionária. Todo povo de Deus anuncia o Evangelho, assim nos exorta o Santo Padre, o Papa Francisco em sua exortação Evangelli Gaudium, a alegria do Evangelho. Pelo batismo, recebemos esta vocação. Cristo nos envia em missão: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o meu Evangelho a toda criatura” (Mt 18-20). Ser missionário é iluminar as realidades deste mundo com a Palavra de Deus e construir um mundo novo segundo os valores da mensagem de Deus.
Estamos diante de caminhos diferentes. Todos muito bons. Não há vocação melhor ou pior. O importante é escutar a voz de Deus que lhe convida a escolher o caminho a seguir. Tenha esta certeza: se Deus chama, também acompanha os passos de quem Ele amorosamente chamou. Que possamos com toda a segurança e serenidade gritar bem alto: “Eu vou seguir meu caminho, porque Deus me chamou”.



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