segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Não tenhas medo de dar a tua resposta

Não tenhas medo de dar a tua resposta


Por: Marcilio Reis dos Santos, seminarista do 4º ano de Teologia

Diariamente deparamo-nos com inúmeras possibilidades, caminhos, escolhas. Todos os dias nossa liberdade é provocada frente às opções que devemos fazer. Aliás, a pessoa humana não consegue viver sem optar. Fazer escolhas é necessário e quando a escolha é bem-feita, faz-se a experiência da conquista, da alegria de haver acertado e da certeza da felicidade.
Na vida todos buscamos a realização humana, mas esta realização pode aparecer a cada um de forma diferente e até mesmo são muitas as formas de alguém se realizar plenamente. A cada momento da história da pessoa humana há expectativas e exigências e a cada uma delas há maneiras diferentes de concretizá-las. É preciso, portanto, escolher o melhor, onde as possibilidades de realização também são maiores.
O que farei da minha vida? Esta pergunta é inquietante para todos aqueles que realmente querem traçar um caminho em busca da realização humana, profissional e vocacional.
Pergunta-se pelo “que fazer da vida” é muito mais dolorido e complexo que perguntar-se pelo “que os outros querem de minha vida”. Perguntar-se a si mesmo pelo “que devo fazer da vida” é muitas vezes articular uma questão sem resposta verbalmente enunciada. É colocar-se frente a si mesmo e frente a Deus, pedindo a Ele a graça de poder responder através das escolhas e ações.
Ainda quando falamos do “que fazer da vida” não estamos pensando apenas no que vamos exercer, de que faculdade cursar ou profissão abraçar. Estamos nos reportando mentalmente a um universo muito mais amplo que tem a ver com nossa identidade cristã e com nossa identidade vocacional.
Nós não nascemos por acaso, mas somos frutos de um projeto de Deus. Foi Ele quem nos chamou a vida e nos fez à “sua imagem e semelhança”. Portanto, é preciso tomar consciência desta nossa identidade humana, buscando amadurecer em todas as suas dimensões e dando-se conta das capacidades e dons, bem como, das fraquezas e limites.
Pelo batismo confirmamos nossa adesão de seguimento ao chamado de Jesus Cristo. Ele é Caminho, Verdade e Vida, nos ajuda a descobrir a vontade do Pai e nos fortalece, através dos sacramentos, para o compromisso cristão de construção do Reino de Deus. A identidade cristã é uma tarefa que se realiza na educação da fé, na superação de suposições pseudo-religiosas e no aprofundamento da participação da vida religiosa da realidade eclesial em que se encontra. A identidade cristã, assim como a identidade humana precisa ser cultivada e sedimentada ao longo de toda vida.
A partir desta identidade humana e cristã, podemos então perguntar-nos pela nossa identidade vocacional. Neste contexto aparecem às vocações especificas de serviços leigos nas comunidades. São os ministérios não ordenados como: catequistas, ministros da comunhão eucarística, animadores da liturgia, coroinhas, grupos de jovens, etc. Pessoas, solteiras ou casadas, que prestam um serviço a comunidade eclesial não obstante as compromissos profissionais e familiares.
Há outros que se perguntando pela sua identidade vocacional irão descobrir que Deus lhe propõe a vocação a vida consagrada. A vocação sacerdotal ou religiosa consagrada é uma escolha livre e amorosa de consagração a Deus  ao serviço do povo, dedicando o nosso tempo integral, nossas qualidades, tudo para instaurar a vida de Deus neste mundo.
Querido jovem, você está diante de caminhos diferentes. Todos muito bons. Não há vocação melhor ou pior. O importante é escutar a voz de Deus e o clamor do seu povo, com suas realidades que nos impulsionam para a missão. Não tenhas medo de dar a tua resposta generosa, pois o mundo precisa de pessoas corajosas capazes de fazer a diferença.

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