Primeiro domingo da
Quaresma:
Todo ano fazemos este
percurso de ir com Jesus à Jerusalém para, com Ele, celebrar a Páscoa.
Na Primeira Leitura
estamos diante de um culto onde o fiel oferece a Deus o seu Dízimo. Com a sua
oferta, apresenta também a Deus a sua fé. Estamos diante de uma profissão de
fé. Quem realizou os prodígios, os milagres foi Deus. É Ele quem toma a iniciativa
de libertar o seu povo do seu pecado – a escravidão. E Deus leva a uma terra
boa. É o que a quaresma vai fazer pedagogicamente conosco.
Hoje inicia esta saída
“do Egito da escravidão” para irmos até vitória da Cruz: a Cruz é a Terra
prometida para todos nós. Na Liturgia quaresmal, recordamos que antes de éramos
povo errante. E agora somos um povo numeroso: a Igreja.
E a Igreja prega e
professa sua fé! Neste caminho de fé que a Igreja – nós – faz, como diz a
segunda leitura, não há confusão, mas apenas fé. Não importa a nossa diferença:
“judeu e grego”, carismáticos, tradicional, Pjpteiro; importa que “todos têm o
mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam”
Lucas nos apresenta o
Evangelho das tentações: Jesus foi tentado no deserto.
Meus irmãos, em relação à
vida, todos estamos no deserto a caminho da Páscoa definitiva; mas também posso
dizer que estamos no deserto da vida terrena e ao mesmo tempo na Páscoa da
Santa Eucaristia. Devemos ser espertos como Jesus. Ele venceu o demônio com o jejum
e a Palavra. Ele fez bem a sua quaresma. Somente com o jejum e a palavra
podemos vencer as tentações que se apresentam a nós.
Mas qual o jejum é
eficaz? A própria palavra de Deus coloca em suspeita alguns modelos de jejuns
corporais. Como os primeiros cristãos, façamos um jejum diferente, mais
profundo e espiritual: “ o jejum do mundo”. Se abster de tantas coisas que o
mundo nos oferece. Mais ainda: muitas vezes precisamos fazer um jejum de nós
mesmos: das nossas ideias, das nossas imposições pesadas e escravizantes.
Para isso, devemos ter à
nossa frente a Palavra de Deus. “Ela está perto de ti, na tua boca e no teu
coração”. Ou seja, Ela é elemento importante e vital para a nossa alma. Ela
julga a nossa vida, ela endireita a nossa caminhada. Foi com a Palavra que
Jesus combateu as tentações.
Jejum bom, jejum certo e
Palavra de Deus: um excelente compromisso para a quaresma.
Amem!
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