domingo, 28 de junho de 2020

SOCIOLOGIA E O SENTIDO DO SER NA SOCIEDADE BRASILEIRA HOJE




Estamos vivendo um tempo especial hoje em pleno século 21. A sociedade é a mesma de sempre: conflitos familiares, conflitos nas ruas entre as pessoas, roubos, assassinatos, confusões, e badernas, caos. Tudo isso podemos dizer que são conflitos pesados e negativos. Mas não temos somente isso! Temos coisa boa também: solidariedade entre as pessoas, caridade institucional, unidade e vivência familiar, fé e religiosidade. 
A sociedade não está somente doente. Mesmo em meio a várias crises é possível viver e SER neste emaranhado de conflituosidade. A arte de viver e viver em sociedade vem se firmando a muito tempo. Desde a antiguidade as pessoas se agrupam em pequenos grupo para viver bem. É quando nos juntamos que descobrimos que somos perigosos para os outros. Interessante este fato. Aonde começa um conflito? Aonde tem mais de uma pessoa, aí começa o conflito. Mas como já vimos... O ser humano não é somente conflito. É benefício também. É quando se junta que se protegem uns aos outros.
E a sociedade hoje, como ela está? E as pessoas, como elas estão? Como nos concebemos hoje e de forma especial numa pandemia viral que mata? Neste sentido queremos dizer que somos seres humanos construtores da realidade sustentável. Somos seres responsáveis que colabora, cada um a seu modo, por uma sociedade melhor. Sendo um ser aí, nós devemos dar sentido à nossa vida! Qual é o sentido de ser na sociedade? Ser, significa aqui viver bem em todos os âmbitos. Quando o homem e  mulher não vivem bem se instala uma crise. A grande questão que podemos levantar é sobre a pessoa humana: o homem, quem ele é? Por que o ser humano é débil e fraco a tal ponto de não ser o tanto que deveria ser?
Quando conhecemos o homem sabemos aonde ele pode chegar. Comecemos por nos conhecer a nós mesmos. Conhecendo quem somos podemos saber como se comportar na sociedade, sabemos nossas fraquezas e sabemos nossas qualidades. Estamos no momento mais importante da nossa história: revelar para nós mesmos que podemos nos ressignificar dando sentido ao que estamos vivendo. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Reflexão do Segundo Domingo da Quaresma

“... Purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória.”


A Liturgia do Domingo passado – primeiro da quaresma – nos apresentava o caminho que devemos fazer para a Páscoa em Jerusalém com Jesus.
A Liturgia de hoje – rica de significados – nos apresenta, de forma a Theofania, de maneira especial na Primeira Leitura e no Evangelho. Na Primeira Leitura e no Evangelho, Deus desce. Enquanto que na Segunda Leitura, a Igreja se esforça para permanecer firme no Senhor buscando sempre as coisas do Alto. O Céu.
Deus desceu para fazer uma aliança com Abrão. Uma aliança e uma promessa: a Terra. A promessa foi para os descendentes.
No Evangelho, temos a presença de Jesus, depois a sua descendência: Pedro, João e Tiago: a Comunidade; temos ainda a presença dos Profetas e da Lei e do próprio Deus. Isso se dá no monte e em oração. (Irmãos, aqui é o nosso monte! O seminário é o lugar da Theofania, da manifestação, da revelação de Deus! Essa revelação nos é dada de forma contínua. Seminário: monte e lugar de oração).
Do monte, Deus revela o caminho que Jesus tem que fazer: o sofrimento e a morte em Jerusalém. Os representantes da Lei e dos profetas falam do Êxodo de Jesus, um êxodo para a morte libertadora. O que é a Páscoa de Jesus senão o “grande acontecimento libertador para o novo testamento?
O que Jesus passou na transfiguração, nós também devemos passar. Não podemos dizer que seremos transfigurados somente no futuro, na nossa morte. A transfiguração acontece aqui, hoje. Tem que ser a transfiguração do coração: num desejo e num ato de conhecer e imitar a Cristo, de transformar-se em Cristo.
Bom, plagiando a pergunta de Padre Cantalamessa: “Quem é e como se apresenta o homem transformado em Cristo?
É aquele que vive do Evangelho! Que trabalha não pelo alimento que perece, mas pelo que dura a vida toda – que é o próprio Cristo. É aquele que tem uma única finalidade: fazer a vontade do Pai! É aquele que vive segundo o Espírito e não a mecanicidade. É aquele que dá a vida pelos irmãos, que à sua frente caminha a misericórdia. O cristão Cristo é aquele que não se preocupa com os elogios, com os aplausos, com os reconhecimentos, muito menos com o salário ou que Paróquia vai servir! Importa sim, para ele, a missão, o estar com o povo, carregar a ovelha cansada e ferida e no final do dia dizer: fizemos que devíamos fazer: somos apenas servos!

O Evangelho de hoje, nos apresenta este monte. Este lugar de oração. Em que Jesus se transfigura e vai em direção à cruz. O nosso Êxodo – morte – é para algum lugar: Jesus foi para Jerusalém. Vocês vão também cada um para a sua Jerusalém. Mas antes é necessário viver a experiência do conhecer – do imitar – e de viver a eucaristia constante na nossa alma. Amém!

Reflexão do Primeiro Domingo da Quaresma

Primeiro domingo da Quaresma:
Todo ano fazemos este percurso de ir com Jesus à Jerusalém para, com Ele, celebrar a Páscoa.
Na Primeira Leitura estamos diante de um culto onde o fiel oferece a Deus o seu Dízimo. Com a sua oferta, apresenta também a Deus a sua fé. Estamos diante de uma profissão de fé. Quem realizou os prodígios, os milagres foi Deus. É Ele quem toma a iniciativa de libertar o seu povo do seu pecado – a escravidão. E Deus leva a uma terra boa. É o que a quaresma vai fazer pedagogicamente conosco.
Hoje inicia esta saída “do Egito da escravidão” para irmos até vitória da Cruz: a Cruz é a Terra prometida para todos nós. Na Liturgia quaresmal, recordamos que antes de éramos povo errante. E agora somos um povo numeroso: a Igreja.
E a Igreja prega e professa sua fé! Neste caminho de fé que a Igreja – nós – faz, como diz a segunda leitura, não há confusão, mas apenas fé. Não importa a nossa diferença: “judeu e grego”, carismáticos, tradicional, Pjpteiro; importa que “todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam”
Lucas nos apresenta o Evangelho das tentações: Jesus foi tentado no deserto.
Meus irmãos, em relação à vida, todos estamos no deserto a caminho da Páscoa definitiva; mas também posso dizer que estamos no deserto da vida terrena e ao mesmo tempo na Páscoa da Santa Eucaristia. Devemos ser espertos como Jesus. Ele venceu o demônio com o jejum e a Palavra. Ele fez bem a sua quaresma. Somente com o jejum e a palavra podemos vencer as tentações que se apresentam a nós.
Mas qual o jejum é eficaz? A própria palavra de Deus coloca em suspeita alguns modelos de jejuns corporais. Como os primeiros cristãos, façamos um jejum diferente, mais profundo e espiritual: “ o jejum do mundo”. Se abster de tantas coisas que o mundo nos oferece. Mais ainda: muitas vezes precisamos fazer um jejum de nós mesmos: das nossas ideias, das nossas imposições pesadas e escravizantes.
Para isso, devemos ter à nossa frente a Palavra de Deus. “Ela está perto de ti, na tua boca e no teu coração”. Ou seja, Ela é elemento importante e vital para a nossa alma. Ela julga a nossa vida, ela endireita a nossa caminhada. Foi com a Palavra que Jesus combateu as tentações.
Jejum bom, jejum certo e Palavra de Deus: um excelente compromisso para a quaresma.

Amem!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Padre Evandro fala da abertura da última fase do Sínodo Diocesano

PADRE EVANDRO





A Diocese de Serrinha está celebrando o seu I primeiro Sínodo Diocesano. Um momento marcante, visto que também nesse ano será comemorado os 10 anos de criação da Diocese.
Padre Evandro que é o Coordenador Pastoral, Vigário episcopal para o Sínodo e Moderador do Sínodo fala sobre esse tempo de graça na Diocese de Serrinha.

“Demos início hoje dia 31 de maio, a solene fase do Sínodo diocesano. A partir do próximo dia 06 de junho nós teremos as Sessões de discussões sobre os temas do Sínodo. Na verdade essas Sessões que serão 6, trataremos sobre fé, esperança e caridade. São cerca de 150 pessoas que virão das Paróquias entre padres, religiosas e leigos; estaremos discutindo o tema da Nova Evangelização; o que queremos na verdade é fazer que a Palavra de Deus se expanda cada vez mais e chegue a todas as pessoas.  Reze conosco e pelo Sínodo Diocesano para que de fato seja um momento de primavera em nossa Diocese de Serrinha. A próxima Sessão será dia 06 de junho; esteja em comunhão conosco.

Sínodo Diocesano, Unidos para uma nova Evangelização”.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O Valor da Comunhão

O Valor da Comunhão


 Pe. Jonny Ferreira
Diocese de Serrinha

Sempre ouvimos nas celebrações, cursos, encontros e retiros da nossa Igreja que a Eucaristia é o Centro da vida cristã.
Crendo nesta verdade e impelido pelo Espírito de Deus parei no escondido do meu quarto para rezar e vários sentimentos brotaram dessa experiência.
A primeira reflexão se deu pelo trecho: “Trabalhem pelo alimento que dura para a vida eterna”. Surgiram várias perguntas: Qual o referencial da minha vida cristã? Que valor tem a Eucaristia em minha vida? Porque comungo?
Confesso que tais questionamentos me deixaram perturbado, triste e ao mesmo tempo alegre. Explico cada sentimento:
Perturbado: porque nem sempre valorizamos este Tesouro da Igreja. Muitas vezes somos indiferente;
Triste: porque muitos gostariam de comungar e não podem/devem. Quantas vezes queremos selecionar quem pode ou não comungar;
Feliz: porque Jesus não faz acepção de pessoas. Ele nos acolhe, nos ama, nos perdoa, nos salva. Sua palavra nos diz: Não vim para aqueles que estão sadios, mas para aqueles que estão doentes.
A segunda reflexão que surgiu: Quer saber o valor da Comunhão? Pergunta para que realmente quer comungar e não pode.
Não faça essa pergunta para quem comunga. Esse talvez não sabia responder. Quando quiser saber o que é desejar comungar pergunte para quem não pode e quer. E este lhe dirá.
É triste constatar que o maior problema em nossa Igreja é a Comunhão.
Quantas pessoas não comungam por causa da situação de vida que vivem? Mas não é só isso. Falamos de comunhão, pregamos comunhão e não vivemos em comunhão.
Porque um clero desunido? Porque pastorais, grupos, movimentos e comunidades que não sabem se respeitar em suas diferenças de carismas? Se fosse elencar outros por quês, pobres de nós.
Jesus nos deixou um sinal de pertença e escolha para que pudéssemos (unidos a ele como verdadeiros ramos) gerar, viver e partilhar os Dons.
Em minha oração coloquei tantas pessoas de nossas comunidades que desejam comungar o Pão da Vida Eterna e não podem. Orei por aqueles que se alimentam diária ou semanalmente da Eucaristia para que percebam o Tesouro desvelado entre nós. Pois, comungamos não porque merecemos, mas porque precisamos desse Jesus.



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Bem-aventurados

Imagem: Canção Nova
Bem-aventuranças

Jesus, neste evangelho, se dirige aos discípulos numa espécie de CATEQUESE PREPARATÓRIA. Ou seja, ele quer preparar os seus discípulos para a missão. Cristo faz esse discurso a partir de um olhar: ele olha, ele vê aquelas multidões que veem ao seu encontro. Jesus sente que é hora de traçar o perfil dos seus missionários: os discípulos!
Antes de tudo, é preciso dizer que Cristo é Mestre! Por isso que ele, sentado, ensina os seus discípulos. Este ensinamento é para a vida toda. É para o crescimento e felicidade do homem. Por isso o termo Bem-aventurança: que significa bendito, feliz.  Na verdade é um programa de vida, ou um projeto de vida, para a salvação. Para entrar no reino de Deus.
Bem-aventurados os pobres de espírito: pode ser aquele pobre que se despojou dos seus bens, se fez pobre: deixou tudo para ter tudo em Deus. Pode ser também interpretado como uma pobreza interior. Ou seja: a pessoa pobre de espirito é aquele que é simples, humilde, que não pisa nem maltrata ninguém.
Bem-aventurados os mansos: esta bem-aventurança está ligada à primeira: pobres de espírito. Jesus se intitula como “manso e humilde de coração”. Assim devemos ser também nós, seus discípulos. Muitos são aqueles que têm o dom de brigar, cassar confusão, intrigas. Jesus pede mansidão.
Bem-aventurados os aflitos: quantas pessoas sofrem hoje. O próprio Cristo é quem consola! O sofrimento não pode ser motivo de se afastar de Deus, mas sim de buscar nele a consolação.
Bem-aventurado os que têm fome e sede de justiça: são muitas as pessoas injustiçadas hoje na sociedade, principalmente os mais fracos, os mais pobres. A injustiça é sempre pratica pelo homem. Quantas pessoas que não têm trabalho digno, nem moradia digna, mora na cidade, mas é privado dos recurso que a cidade pode oferecer, por exemplo: ruas com esgoto a céu aberto, ruas sem calçar, esburacadas, intransitável por causa da lama. Os hospitais com atendimento precário, as escolas com poucos recursos, falta segurança. Mas diante de tantas injustiças, devemos confiar na justiça DIVINA. O homem pode sim praticar a justiça, e DEVE fazê-la. Mas a nossa justiça perfeita é Deus.
Bem-aventurados os misericordiosos: diante da injustiça devemos agir com misericórdia. A misericórdia supera toda injustiça. Convido a todos para fazer essa experiência de ser misericordioso com o seu próximo. As obras de misericórdia são várias: digo somente algumas: ajudar quem mais precisa, perdoar qualquer ofensa que alguém pode ter cometido, favorecer o direito do outro, ser acolhedor, escutar as angustias dos irmãos.
Bem-aventurados os puros de coração: a pureza de coração será consequência da prática dessas primeiras bem-aventuranças. O estado de pureza nos afasta do pecado e nos aproxima de Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz: a paz é um dom. todos nós filhos de Deus devemos promover a paz. A paz na família, nas escolas, no trabalho, enfim, em todo campo da sociedade. No lugar da briga e da discórdia: a PAZ.
A última bem-aventurança: bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça. Quem é a justiça por excelência? O próprio Cristo. Quantos foram, são e serão perseguidos por causa da JUSTIÇA, por causa do REINO DE DEUS. Ora, o sermão da montanha, é o primeiro dos cinco que Jesus fará nas próximas semanas na Liturgia. É a primeira grande AULA dirigida aos seus discípulos e hoje, a nós. Meu irmão, minha irmã, leia mais vezes e em família este evangelho de Mt 5, 1-12.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo – para sempre seja louvado.


Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Fala, Senhor, que teu servo escuta

Fala, Senhor, que teu servo escuta
Erismaldo Lima / Rodrigo Oliveira
erismaldo.lima@hotmail.com / rodrigo.seminarista@hotmail.com

A escuta da voz do Senhor é fundamental para responder ao Seu chamado. O ato de escutar requer atenção, disponibilidade e espera atenta de determinado som. Assim é com a escuta da voz do Senhor: é preciso ficar atento para captar os sinais que Deus vai revelando. Melhor ainda se a escuta for alimentada pela oração, porque a oração tira todo obstáculo que possa atrapalhar o chamado de Deus.
De fato, Deus chama quem Ele quer (Mc 3,13) e de onde Ele quer. O jovem compreenderá melhor o chamado se, de alguma forma, já serve ao Senhor. Um exemplo disso é o profeta Samuel: ainda menino, já servia ao Senhor (Sm 3,1). Porém, mesmo assim ele teve um pouco de dificuldade para compreender que era realmente Deus quem o chamava, talvez porque Samuel conhecia as obras do Senhor, mas nunca tinha experimentado o Senhor das obras. Neste sentido, para ouvir o chamado de Deus de forma correta, faz-se necessário escutá-lo com o coração e algumas vezes é preciso que alguém faça como o sacerdote Heli, que indique a voz do Senhor que chama, que faça conhecer Àquele pelo qual tudo existe e subsiste.
Quantos jovens que servem a Deus nas Paróquias e, de forma especial, nas pequenas Comunidades de base, mas têm medo de responder como Samuel respondeu “Fala, Senhor, vosso servo escuta”! ou “Diga, Senhor, o que queres de mim, o que devo fazer?” Em verdade, a verdadeira oração não é aquela que fazemos com uma lista de coisas que o Senhor deve nos dar. Nesta oração invertemos os papéis: colocamo-nos no lugar de Deus Ele deve nos servir, como se fosse nosso escravo. Pelo contrário, a verdadeira oração reconhece a Deus como Senhor, diante Dele dobra os joelhos e pergunta: “que queres que eu faça?”
Portanto, é preciso ter coragem, ser destemido e responder: “eis-me aqui, Senhor!” Não é difícil. Se o vocacionado tem uma vida de pastoral, é mais fácil reconhecer a voz do Senhor que chama. Seja ele da Pastoral da Juventude, da Liturgia e/ou do ministério de música, da Renovação Carismática, da Shalom, ou de qualquer outro tipo de serviço. O importante é saber que o Senhor chama e escutá-Lo verdadeiramente é dizer: “fala, Senhor, que teu servo escuta”!

O Centro Juvenil Santo Alessandro, que teve o início das suas atividades há pouco (14/03), também pode ser um espaço para despertar e animar as vocações. Lá, um grupo de jovens (que pode ser alternado a cada três meses) cuida, organiza, planeja as atividades e trabalha duro para que elas aconteçam com nível de excelência. No Centro Juvenil é possível encontrar também um seminarista, uma irmã ou um padre, que oriente e escute os clamores dos jovens. Através da cultura, das formações, dos encontros e mesmo das brincadeiras e do lazer ou dos serviços, sem dúvida, Deus estará chamando os jovens para se doarem inteiramente a Ele. Que este novo espaço seja um provocador de entusiasmo e de vocações santas para o Reino de Deus.